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Senado conclui aprovação da minirreforma eleitoral

O plenário do Senado aprovou em primeiro turno o substitutivo do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) ao projeto da minirreforma eleitoral. Todas as propostas de emendas ao texto serão apreciadas na votação em segundo turno, que deve ocorrer ainda hoje (16).

A minirreforma regula questões relacionadas aos pleitos eleitorais, adequando a lei a situações que surgiram nos últimos anos. Ela estabelece que o último comício possa se estender pela madrugada e permite carreata no dia da eleição – práticas atualmente proibidas por lei. O projeto também extingue a pena de prisão para quem fizer boca de urna, mantendo apenas multa

Pelo texto, a data para o início das campanhas passa a ser 7 de julho e as convenções partidárias devem ocorrer entre 12 e 30 de junho. As atas das convenções deverão ser publicadas em um prazo de 24 horas, na internet, e não mais em cinco dias, como vigora atualmente.

O projeto também libera o uso das redes sociais para emissão de opinião política pessoal, sem considerar como campanha antecipada. A discussão de políticas públicas em eventos partidários e se fazer e divulgar prévias dos partidos em redes sociais também não serão consideradas campanhas antecipadas. Entretanto, o autor das postagens poderá responder civil e criminalmente por ofensas e agressões a terceiros e caberá à Justiça Eleitoral determinar a retirada das publicações do ar se for o caso.

Na tentativa de baratear os custos das campanhas, o autor do texto, senador Romero Jucá (PMDB-RR), também estipula o limite do tamanho de adesivos nos carros. Eles devem ter entre 40 a 50 centímetros e ser colocados nos vidros traseiros dos veículos. Fica proibido envelopar carros e instalar faixas, placas e pinturas em muros. A contratação de pessoal para trabalhar nas campanhas e os gastos com alimentação fica limitado, bem como o aluguel de veículos.

O próprio Jucá apresentou emenda, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para retirar de seu texto o trecho que liberava o uso de verba do Fundo Partidário para o pagamento de multas eleitorais dos partidos. Ele considera que o dinheiro do fundo passa a ser de uso privado do partido depois que é repassado mas, diante de reações contrárias, Jucá pediu ao relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que retirasse o artigo para evitar “interpretações equivocadas”.

Para agilizar a votação e propiciar que ela seja inteiramente concluída hoje, os senadores decidiram deixar para o segundo turno a apreciação das emendas apresentadas em plenário. Por isso, eles suspenderam a sessão e Jucá se reuniu com os líderes partidários para negociar os destaques que propõem modificações no texto.

Total destinado aos municípios maranhenses até agosto de 2013

Fonte: blog luis Cardoso

Veja abaixo quanto cada município do Maranhão recebeu de recursos federais de janeiro até 31 de agosto deste ano. O total até agora foi de  R$ 5.155.809.588,26

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Gushiken é enterrado em SP com presença de Dilma, Lula e ministros

Fundador do PT morreu aos 63 anos na sexta em decorrência de câncer.
Cúpula do partido esteve no Cemitério do Redentor, na capital paulista.

O corpo do ex-ministro Luiz Gushiken foi enterrado às 16h30 deste sábado (14) no Cemitério do Redentor, no Sumaré, Zona Oeste da capital paulista. Ele tinha 63 anos e morreu na noite de sexta-feira (13) no Hospital Sírio-Libanês. O ex-ministro da Secretaria da Comunicação do governo Lula fazia tratamento contra câncer de estômago desde 2002.

Vários políticos passaram pelo local durante todo o dia, incluindo a cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT), o qual Gushiken ajudou a fundar. Às 15h20, a presidente Dilma Rousseff chegou acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de vários ministros, entre eles Aloizio Mercadante (Educação), Alexandre Padilha (Sáude), José Eduardo Cardozo (Justiça), Guido Mantega (Fazenda), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Paulo Bernardo (Comunicações) e Eleonora Menicucci (Secretaria de Política para as Mulheres). Lula e Dilma saíram do cemitério sem falar com a imprensa.

Em nota oficial, Dilma afirmou que a morte do amigo é um momento de “dor” e “reverência”.

Além de ter exercido o cargo de ministro, Gushiken foi deputado federal por três mandatos pelo PT (1987-1990, 1991-1994 e 1995-1999). Exerceu a coordenação de campanhas presidenciais de Lula e, no ano passado, foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por falta de provas, da acusação de crime de peculato no julgamento do mensalão.

Exerceu a coordenação de campanhas presidenciais de Lula

Presenças
O primeiro político a chegar ao velório, por volta das 8h30, foi o deputado federal por São Paulo José Genoino. Abatido, Genoino não quis gravar entrevista, mas ao sair, disse para as câmeras: “O silêncio fala por mim”.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também passou pelo velório por volta das 8h50 e disse que o processo do mensalão, que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF),contribuiu para enfraquecer Gushiken.

Mais tarde, o presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, José Américo (PT), também passou pelo local. Ele afirmou que Gushiken era um “militante de grande perspicácia” e uma das “pessoas mais próximas de Lula”. “Uma perda irreparável”, disse.

Para Américo, Gushiken “sofreu com a acusação infundada” no processo do mensalão. “A pessoa que o acusou nunca pediu desculpas”, afirmou.

Por volta das 12h30, o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT-SP), chegou ao cemitério. Ele afirmou que Gushiken foi “um homem muito generoso e de muita garra”. “Uma perda lamentável para o PT e para a militância”, disse.

O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), o ex-ministro da Justiça e advogado de réus do processo do mensalão Márcio Thomaz Bastos, o presidente do PT, Ruy Falcão, e os deputados federais João Paulo Cunha (PT), condenado no mensalão, e Paulo Teixeira (PT) estiverem presentes.

O vice-presidente, Michel Temer, afirmou que lembra de Gushiken de 1985 quando ele era secretario da segurança de São Paulo e o ex-ministro era presidente do Sindicato dos Bancarios. “Foi uma greve muito bem organizada e exitosa”.

Quem também foi ao local à tarde foi o ex-ministro José Dirceu. Ele chegou ao velório às 14h30 e estava emocionado. Dirceu afirmou que Gushiken era o “melhor de todos” e que ele “foi o maior injustiçado” entre os acusados do mensalão. Para o ministro, ele morreu feliz. “porque viu tudo aquilo que ele sonhou acontecer”.

Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, todos sabiam que Gushiken foi vítima de injustiça quando foi acusado no processo do mensalão. “Sempre soubemos que ele tinha sido vítima porque, quando ele foi ministro, contrariou interesses econômicos importantes, ele mudou o critério da publicidade do governo e foi vítima e graças a Deus, ainda em vida, ele foi absolvido, e isso nos consola muito”, disse Carvalho. O ministro afirmou ainda: “O Gushiken foi mestre para muitos de nós”.

O filho de Gushiken, Guilherme Gushiken, 30, pediu para a imprensa não acompanhar o velório dentro da sala. “Ele lutava contra um câncer havia muito tempo, mas não esperávamos. Passamos a noite em claro, é um momento de muita dor”, disse.

Depois de deixar a Secretaria de Comunicação, Gushiken passou a ocupar a chefia do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República, de onde se demitiu em novembro de 2011.

Ele conheceu Lula quando ainda era secretário-geral do sindicato, na década de 70. Depois, foi presidente nacional do PT (1988 a 1990) e duas vezes coordenador da campanha de Lula a presidente (1989 e 1998).

Aprovação do governo aumenta 6,8 pontos percentuais, mostra CNT

O governo da presidenta Dilma Rousseff tem a aprovação de 38,1% da população, segundo pesquisa divulgada hoje (10) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

Na última pesquisa da CNT, em julho, o governo teve avaliação positiva de 31,3% da população, o que mostra um aumento de 6,8 pontos percentuais – ainda que inferior aos 54,2% de aprovação divulgados em junho. A avaliação negativa do governo chega a 21,9% dos entrevistados.

De acordo com a mesma pesquisa, Dilma venceria tanto o primeiro turno quanto um possível segundo turno – com 36,4% e 40,7% das intenções de voto, respectivamente.

O desempenho pessoal da presidenta foi avaliado como positivo por 58% dos entrevistados. O dado mostra aumento da aprovação de Dilma, que tinha avaliação pessoal em 49,3% na última pesquisa.

No total, 40,5% das pessoas desaprovam a gestão de Dilma. Em julho, o percentual era 47,3%; em junho, 20,4%.

Nesta edição, foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 135 municípios de 21 estados, entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro.

O adeus de Gushiken, um dos construtores do PT

Os telefonemas para o quarto de Luiz Gushiken, no Hospital Sirio Libanes, são atendidos por sua esposa. Com voz cansada, transmite os recados para o marido e seleciona as visitas que ainda irá receber.

Gushiken ministra, ele próprio, as doses de morfina para diminuir a dor e poder manter suas últimas conversas com amigos.

Ontem, segundo a jornalista Mônica Bérgamo, reuniu-se com José Dirceu, Aloizio Mercadante e dirigentes sindicais, fez um balanço de sua vida e do PT e considerou o julgamento do “mensalão” uma fase heróica, colocando o partido sob “um ataque sem precedentes”.

Dirigente sindical, Gushiken teve papel central na defesa dos fundos de pensão contra os prejuízos causados pelo acordo com o Banco Opportunity, de Daniel Dantas. Foi alvo de campanha implacável na mídia, com denúncias frequentes – e jamais comprovadas – sobre o uso das verbas da Secom. Fora do poder, sua casa sofreu ataques suspeitos e chegou a ser incluído na AP 470 pelo procurador geral Antonio Fernando de Souza – que, posteriormente, já aposentado, ganharia um megacontrato da Brasil Telecom, controlada pelo banqueiro e que entrou na criação da Oi-Telemar.

Seu nome foi retirado da ação pelo relator Joaquim Barbosa.

Como Secretário de Comunicação do governo Lula, Gushiken não chegou a ser um executivo operacional, mas sempre esteve aberto às boas ideias. Partiu dele a criação do Projeto Brasil 2020, visando instituir uma área de discussões acadêmicas sobre o Brasil. Antes da eleição de Lula, teve participação ativa no Instituto da Cidadania, que inaugurou as grandes discussões do partido sobre temas nacionais.

Entra para a história como um dos construtores do PT.

Da Coluna de Mônica Bérgamo

Gushiken, em estado grave, chama Dirceu, Genoino e Mercadante em hospital

Luiz Gushiken, ex-ministro da Comunicação de Lula, chamou amigos para visitá-lo no hospital Sírio-Libanês. Internado em estado grave por causa de um câncer, mas lúcido, ele próprio ministrava as doses de morfina para controlar a dor e decidia quando ficava acordado para conversar com os antigos companheiros.

JULGAMENTO
José Genoino o visitou na quarta. Na noite de quinta, Gushiken reuniu em seu quarto José Dirceu, Aloizio Mercadante e dirigentes sindicais como o presidente da CUT, Vagner Freitas. Calmo, fez um balanço de sua vida e do PT. Segundo um dos presentes, disse que o julgamento do mensalão é uma “fase heroica” do partido, que em sua opinião estaria sofrendo um ataque sem precedentes.

LIÇÃO
De acordo com a mesma testemunha, Gushiken deu uma “lição de política e uma aula sobre a vida. Demonstrou não ter mágoa, tristeza nem remorsos”. No fim da visita, emocionados, todos tiraram fotos ao lado do ex-ministro. Um cinegrafista registrou toda a cena para um documentário que está fazendo sobre Gushiken.