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Assentados do Incra serão atendidos pelo Minha Casa Minha Vida

A partir de agora, os trabalhadores rurais assentados pelo Incra passam a ter acesso ao Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). A inclusão das famílias beneficiárias da reforma agrária no Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), integrante do MCMV, deu-se por meio da Portaria Interministerial dos Ministérios das Cidades, do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Desenvolvimento Agrário, publicada na quarta-feira (13), no Diário Oficial da União.

Antes, os assentados tinham suas habitações feitas pelo Crédito Instalação, na modalidade Aquisição de Materiais de Construção. Agora, eles serão incluídos no Minha Casa Minha Vida para a realização das obras de levantamento ou reforma de suas casas. “Essa medida aumenta as possibilidades do assentado possuir uma moradia digna”, disse o superintendente do Incra-MA, José Inácio Rodrigues.

Em 2013, serão atendidas 60 mil famílias no Brasil entre construção e reforma de casas. O Incra no Maranhão já está selecionando os assentamentos que serão atendidos em 2013 e 2014 pelo MCMV. Também será tarefa do Órgão: orientar os assentados sobre as regras para participarem do Programa; fomentar a participação das equipes de assistência técnica, além de fornecer documentos, mapas e estudos necessários à elaboração dos projetos habitacionais.

De acordo com o superintendente do Incra-MA, a autarquia vai priorizar a implantação de infraestrutura básica, como vias de acesso, água e energia elétrica nas áreas da reforma agrária incluídas no Minha Casa Minha Vida. “ A inclusão dos assentados no MCMV melhora a qualidade de vida das famílias e traz mais celeridade ao desenvolvimento dos assentamentos“, afirmou.

O valor do financiamento para construção de cada casa será de R$ 28,5 mil e de reforma R$ 17,2 mil por família. As beneficiadas vão pagar apenas 4% do valor financiado, em quatro parcelas anuais.

MST Entrega Carta a Presidente Dima

 MST entrega carta a Dilma com cobrança de desapropriações e Reforma Agrária

 4 de fevereiro de 2013

A Direção Nacional do MST entregou à presidenta Dilma Rousseff, que visita o assentamento do MST Dorcelina Folador, no município de Arapongas (a 30 km de Londrina), uma carta com cobrança de desapropriação de terras e da realização da Reforma Agrária, na tarde desta segunda-feira (4/2).

Dilma pousou no campo de futebol do assentamento e foi recebida pelos dirigentes do MST João Pedro Stedile e Roberto Baggio e pela presidente da Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária União Camponesa (Copran), Dirlete Dellazeri.

A carta tem 10 pontos, com propostas e cobranças de medidas do governo federal (leia a carta abaixo). Na carta, o movimento diz que “o governo precisa retomar a política de criação de assentamentos e fazer a Reforma Agrária. Muito pouco tem sido feito para democratizar a terra”.

 O governo Dilma é o que menos desapropriou imóveis rurais para fazer reforma agrária nos últimos 20 anos. Na primeira metade do mandato, apenas 86 unidades foram destinadas a assentamentos. Dilma supera só Fernando Collor (1990-92), que desapropriou 28 imóveis em 30 meses.

O movimento cobra um programa emergencial para assentar todas as famílias que vivem acampadas, em situação de extrema pobreza, com a desapropriação imediata de latifúndios em todo o país.

No documento, o MST afirma que a visita de Dilma ao assentamento Dorcelina Folador como “um reconhecimento da necessidade, importância e potencial da Reforma Agrária”.

Dilma fará o o lançamento do Programa Nacional de Agroindústrias na Reforma Agrária e a inauguração da agroindústria da Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária União Camponesa (Copran).

O programa é uma demanda antiga dos movimentos do campo, que pretendem avançar na organização dos assentamentos em cooperativas e industrializar a produção, para agregar valor e gerar renda aos trabalhadores rurais. Depois de mais de um ano de pressão, o governo lança o programa.

Dilma deve chegar às 13h e visita o espaço de melhoramento genético e criação dos novilhos a pasto, na unidade de produção do leite. Depois, ela visita a agroindústria de produção e empacotamento de leite, queijos e iogurtes. Por fim, ela passa pela feira de produtos da Reforma Agrária, produzidos no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Dilma deve almoçar com uma comitiva, que terá a presença de 10 dirigentes do MST, que acompanharão a presidenta por todo o percurso da visita.O ato político de lançamento do programa está previsto para começar às 15h. A expectativa é que aproximadamente 6 mil pessoas participem da atividade.No final do ato, o integrante da Coordenação Nacional do MST, João Pedro Stedile, concederá uma entrevista coletiva aos jornalistas, ao lado da sala da imprensa instalada pela organização do ato.

CARTA DA DIREÇÃO NACIONAL DO MST À PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF

 Arapongas/Paraná, 4 de fevereiro de 2013

Excelentíssima presidenta Dilma Rousseff,

a sua visita ao assentamento Dorcelina Folador, no município de Arapongas, na região de Londrina (PR), para a inauguração da agroindústria da Cooperativa de Comercialização e Reforma Agrária União Camponesa (Copran), é um reconhecimento da necessidade, importância e potencial da Reforma Agrária.

Os trabalhadores rurais estão fazendo muito pelo nosso país e podem fazer muito mais. Estamos muito longe do nosso potencial, que demanda uma ação forte, ampla e eficiente do Estado.

Em primeiro lugar, o governo precisa retomar a política de criação de assentamentos e fazer a Reforma Agrária. Muito pouco tem sido feito para democratizar a terra.

Em segundo lugar, os programas do governo para as famílias assentadas são conquistas importantes, no entanto, são muito burocráticos, não têm recursos suficientes tanto para cumprir seus fins como para a universalização.

Abaixo, apresentamos alguns pontos fundamentais para desenvolver o meio rural e combater a pobreza, fazendo a Reforma Agrária, agregando valor à produção dos assentados e gerando renda para melhorar a qualidade de vida do trabalhador rural.

1-Um programa emergencial para assentar todas as famílias que vivem acampadas, em situação de extrema pobreza, com a desapropriação imediata de latifúndios em todo o país. Só o nosso movimento organiza 90 mil famílias acampadas.

2-Garantir assistência técnica pública, programas de pesquisa e tecnologia para agropecuária.. Precisamos de uma empresa estatal de máquinas para a agricultura camponesa.

3-Política de crédito específica para as famílias assentadas, associada à produção agrícola diversificada e em bases agroecológicas e sem agrotóxicos e transgênicos, para promover uma agricultura sustentável. O Pronaf não atende as necessidades dos trabalhadores assentados.

4-Desenvolver políticas públicas para a cooperação agrícola, como mutirões, formas tradicionais de organização comunitária, associações e cooperativas, para aumentar a escala da produção.

5-Garantir a implementação de agroindústrias na forma cooperativa, sob controle dos agricultores e dos trabalhadores, para beneficiar os alimentos, agregar valor à produção e gerar renda, garantindo a oportunidades de trabalho para a juventude no meio rural.

6-Universalizar as políticas públicas de compra da produção de alimentos, de qualidade e saudáveis para atender a demanda dos municípios próximos dos assentamentos e as compras governamentais, para escolas e hospitais, fortalecendo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e os programas PNAE e PAA.

7-Universalizar o acesso à educação escolar de qualidade em todos os níveis, da creche à universidade e ensino técnico, com a construção e manutenção de escolas públicas e gratuitas, para aumentar o nível educacional dos assentados. Promover mutirão para erradicar o analfabetismo da população adulta.

8-Garantir a implementação do programa Minha Casa Minha Vida Rural, conforme sua determinação em abril de 2001 e até hoje não normatizada, para viabilizar a construção de moradias adequadas à cultura do meio rural.

9-Assentar as famílias sem-terra nos perímetros irrigados na região Nordeste, que serão beneficiadas com terra e acesso a água. Garantir abastecimento permanente de água potável nas comunidades rurais.

10-Fortalecer e universalizar o programa nacional para o desenvolvimento de técnicas de produção com base na agroecologia. Implementar um amplo programa de reflorestamento, para todas as áreas de Reforma Agrária, sob coordenação das mulheres, para recuperar as áreas degradadas e fontes de água destruídas pelo latifúndio.

 

DIREÇÃO NACIONAL DO MST

Após tragédia de Santa Maria-RS, Corpo de Bombeiro Apresenta Resultado da Fiscalização das Casas de Shows em São Luis-MA

Apresentado Nesta segunda-feira (4), no Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão a estatística da operação de fiscalização realizada neste fim de semana pelo Grupamento de Atividades Técnicas nas casas de shows de São Luís.

Confira  abaixo:

Três imóveis rurais são decretados para fins de Reforma Agrária no Maranhão

A presidenta da República, Dilma Rousseff, assinou no final do ano três decretos de desapropriação para fins de reforma agrária no estado do Maranhão. O ato foi publicado no Diário Oficial da União do dia 28 de dezembro de 2012. Os imóveis rurais declarados de interesse social foram a Fazenda Pintada, localizada no município de Grajaú; Rio Negro II, no município de Urbanos Santos e Fazenda Rio Negro, no município de Morros.

A Fazenda Pintada possui área de 572 hectares com capacidade para 17 famílias. O imóvel Rio Negro II possui 3.840 hectares e capacidade para 79 famílias. Já o imóvel Fazenda Rio Negro registra uma área de 4 mil hectares e capacidade para 80 famílias. Juntos, são mais de 8.412 hectares de terras que serão destinados para assentar 176 famílias beneficiárias do programa de reforma agrária.

O próximo passo após a publicação do Decreto é a realização de vistoria de avaliação nos referidos imóveis para indenização dos respectivos proprietários. Em seguida, a Procuradoria Federal Especializada do órgão fará o ajuizamento das ações de desapropriação. Imitido o Incra-MA na posse dos imóveis rurais, a próxima etapa será a criação dos projetos de assentamento.

De acordo com o superintendente regional do Incra-MA, José Inácio Rodrigues, será dada maior agilidade nos procedimentos internos que dependerem da ação da Superintendência para a criação destes assentamentos ainda este ano. “Estamos trabalhando com a previsão de criarmos 22 assentamentos este ano. Com mais estes três serão 25 assentamentos em 2013”, ressaltou.

José Inácio explicou que das 22 áreas que o Incra-MA pretende transformar em assentamento, 18 estão com ações ajuizadas na justiça aguardando a imissão de posse em nome do Incra e quatro já estão com a imissão de posse realizada.

Os movimentos sociais que requisitaram ao Incra-MA a vistoria preliminar dos três imóveis decretados foram a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH) e Associação dos Pequenos Trabalhadores Rurais Nova Vida.

Flávia Almeida

Assessoria de Comunicação Social do Incra-MA

Incra e Governo do Estado garantem recursos para assentamento na zona rural de São Luís

Cerca de 100 trabalhadores rurais do projeto de assentamento estadual Rio Grande, localizado na zona rural de São Luís, reuniram-se hoje (28), pela manhã, na sede do assentamento, com o vice-governador do estado, Washington Luiz Oliveira e com o superintendente regional do Incra no Maranhão, José Inácio Rodrigues.

A reunião foi fruto de uma negociação do Incra-MA com um grupo de trabalhadores ligados ao assentamento que ocupou o prédio da Superintendência no último dia 20. Na ocasião foi solicitado ao superintendente a liberação de créditos para construção de 90 casas e reforma de outras 71 já construídas em 2007.Além disso, os trabalhadores também solicitaram a liberação do crédito apoio.

Reunião

O presidente do Centro Comunitário do Rio Grande, João Batista R. Teixeira, iniciou fazendo um resgate da situação em que o projeto de assentamento se encontra. Segundo ele, atualmente existem 160 famílias morando no projeto e até o momento só 71 casas foram construídas de alvenaria, as demais ainda são de taipa. Existe também em funcionamento um projeto de produção financiado com recursos do Pronaf A, que conta com a participação de 15 famílias, em que 11 se dedicam à agricultura e quatro à piscicultura.

De acordo com Teixeira, de imediato e de mais urgente é a liberação do crédito para a construção das casas porque o inverno está se aproximando e muitas delas não resistirão. “Queremos a segurança de ter uma moradia digna, viver bem, plantar e não negociar nossas terras”, frisou.

Já o superintendente do Incra-MA, José Inácio Rodrigues respondeu às solicitações dos trabalhadores e informou que já conseguiu garantir recursos para a construção de 49 casas para o início de 2013, o que equivale ao valor de um milhão duzentos e vinte cinco mil reais. Cada casa será construída pelo valor de R$ 25 mil.

“Mesmo que este assentamento seja vinculado ao Iterma, ele é reconhecido pelo Incra e, por isso, temos responsabilidade pelo atendimento das demandas dos trabalhadores. Garantimos e já empenhamos recursos para construção de 49 casas. As outras 41 que faltam serão atendidas no decorrer de 2013”, explicou Inácio.

Com relação à reforma das 71 casas já construídas, o superintendente informou que de acordo com norma do Incra somente as casas construídas de 2005 para trás podem ser reformadas. Como as do assentamento Rio Grande foram construídas em 2007, os assentados não poderão receber o crédito para reforma das casas.

Produção

O vice-governador, Washington Luiz Oliveira, ressaltou que visitar um projeto de assentamento é para ele sempre um motivo de esperança, já que o Maranhão é um estado agricultável e, segundo ele, a agricultura familiar é a solução para os problemas da produção de alimentos para o estado.

“Vocês devem tratar com zelo este assentamento. Cuidar para que ele não seja invadido e produzir de forma organizada e planejada para compensar o investimento que está sendo feito aqui.”, orientou o vice-governador.

Na opinião de Washington, esse assentamento é privilegiado por ser um muito próximo da zona urbana, o que garante o mercado de consumo da produção e facilidade de escoamento. “Qualquer coisa que eles produzam, hortaliças e frutas, por exemplo, terá consumo garantido”,destacou.

Expectativa

O assentado João Pedro Diniz dos Santos, 35 anos, casado e morador do assentamento desde 2008, será um dos contemplados com o crédito para construção das casas. Para ele receber essa notícia no final do ano é motivo de muita alegria. “É um verdadeiro presente saber que vamos receber nossas casas. O ano já começa melhor. Minha casa não ia aguentar o inverno.”, desabafou.

João Pedro e a esposa Eliene se dedicarão ao plantio de feijão, macaxeira, cheiro-verde, alface, maxixe, quiabo e cebolinha.

ASCOM-INCRA-MA