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Medidas da presidenta Dilma inovam a reforma agrária

A decretação de 100 novas áreas para o programa de reforma agrária, novas regras de financiamento para os assentados, a solução definitiva do endividamento e a titulação mais acessível inovam esta política pública, que já garantiu acesso à terra a mais de 1,2 milhão de famílias em toda a sua história.

As mudanças chegam a partir da publicação, nesta sexta-feira (27) no Diário Oficial da União, de decretos desapropriatórios assinados pela presidenta Dilma Rousseff que destinam mais 92 áreas ao programa, além da Medida Provisória nº 636 que dispõe sobre a liquidação de créditos disponibilizados a assentados e concede remissões.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas avalia que com a nova metodologia para obtenção de área, instituída por meio das Portarias MDA 5, 6 e 7 , a reforma agrária ganha agilidade e segurança na implantação dos assentamentos. “Para dar mais rapidez a esse processo, garantiremos assistência técnica para viabilizar o desenvolvimento da produção dos assentados e gerar renda para as famílias assentadas, conferindo a elas dignidade e promovendo a paz no campo”, enfatizou.

“Essas medidas sinalizam o caminho que está tomando a reforma agrária, uma política que harmoniza o acesso à terra e um conjunto de políticas públicas viabilizadas não apenas pelo Incra, mas por todo o governo”, acrescenta o presidente da autarquia, Carlos Guedes.

100 novas áreas para assentamentos

Os decretos destinam à reforma agrária 193.566,21 hectares em 16 estados brasileiros. Juntas, as 8 áreas decretadas em 25 de outubro passado e as 92 publicadas hoje têm capacidade para receber 4.670 famílias de trabalhadores rurais. O Incra investirá R$ 267,1 milhões na indenização dos imóveis aos proprietários ainda em 2014. O pagamento da terra nua é feito por meio de Títulos da Dívida Agrária (TDAs) e as benfeitorias são pagas em dinheiro. O pagamento é feito no momento em que a autarquia ingressa na Justiça com o pedido da posse do imóvel para criar o assentamento.

Levantamento feito pela Diretoria de Obtenção de Terras do Incra que resultou nos decretos apontou a utilização, em média, de apenas 22,2% das áreas utilizáveis dos imóveis. Em 50 deles não havia qualquer atividade produtiva desenvolvida pelos proprietários.

No entanto, a análise agronômica comprova que elas estão aptas a produzir alimentos e que o aumento do seu valor de mercado é significativo. A valorização da terra nas regiões em que estão inseridas alcançou 73,6% em 36 meses, entre julho de 2010 a agosto de 2013, segunda a tabela FNP. No mesmo período, a valorização de terras no Brasil atingiu 68,3%.”Isso demonstra que as áreas são viáveis. As terras dessas regiões estão valorizadas, e a reforma agrária vai cumprir seu papel de produzir alimentos, diversificar a produção e gerar ocupação e renda” explica o diretor de Obtenção de Terras Marcelo Afonso.

Políticas Públicas

As novas famílias atendidas deverão estar no CadÚnico e os assentamentos serão regularizados conforme a Resolução Conama 458/13, por meio do Cadastro Ambiental Rural. Junto com a terra, o Governo Federal garantirá assistência técnica e iniciará os investimentos das demais políticas públicas, como os programas Minha Casa, Minha Vida (MCMV), Água para Todos e Luz para Todos, em cronograma previsto já nas portarias de criação dos assentamentos.

Assistência técnica

De imediato, a assistência técnica vai chegar a 73 dos futuros assentamentos. Atualmente, o Incra garante esses serviços a 306 mil famílias e a projeção é a de beneficiar outras 100 mil famílias em 2014, fazendo com que todos os novos beneficiários contem com assistência técnica.

Dados da Diretoria de Desenvolvimento de Assentamentos da autarquia apontam que em até cinco anos as famílias poderão gerar um valor da produção equivalente a dois salários mínimos mensais, uma vez que na região onde se localizam as áreas desapropriadas, a média do valor da produção da agricultura familiar chega a 3,7 salários mínimos mensais. “Essa estimativa nos permite afirmar que esses projetos poderão gerar um valor bruto de produção de aproximadamente R$ 81 milhões ao ano quando estiverem produzindo excedentes”, acrescenta Cesar Aldrighi, diretor de Desenvolvimento de Assentamentos.

Com base no Censo Agropecuário 2006, cada lote de reforma agrária deverá ocupar em média 2,8 pessoas. Com isso, estima-se que mais de 13 mil pessoas estarão envolvidas com o trabalho familiar, produzindo alimentos que chegam todos os dias à mesa dos brasileiros.

Novo Crédito Instalação

Para garantir a segurança alimentar, gerar excedentes e aumentar o valor da produção, a Medida Provisória (MP) publicada nesta sexta-feira institui o novo Crédito Instalação, a ser regulamentado com condições mais favoráveis que as atuais formas de operação e aplicado ainda em 2014.

O depósito do crédito será feito diretamente na conta do beneficiário e não mais na conta de uma associação de assentados, como ocorria antes. Historicamente, o Incra realizava entre 30 mil e 40 mil operações do Crédito Instalação anualmente. A expectativa da autarquia é a de triplicar esse número, chegando a 100 mil operações no próximo ano.

Titulação de assentamentos

A titulação é um direito da família assentada, e a Medida Provisória traz condições mais favoráveis para acesso ao título da terra. A Medida Provisória traz como regra a isenção para lotes de assentamentos criados em terras públicas federais, até o limite de um módulo fiscal – mesmo tratamento assegurado pelo Programa Terra Legal, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Já para os lotes de imóveis desapropriados ou adquiridos por compra direta por parte do Incra e destinados às famílias assentadas, será usado como parâmetro o valor mínimo de planilha referencial de preço do Incra, além da aplicação de índices redutores a serem definidos em regulamento.

Solução do endividamento para assentados e agricultores familiares

A MP também apresenta solução definitiva para o endividamento nas diferentes linhas de crédito para a reforma agrária e agricultura familiar. Estimativas do Incra apontam que, aproximadamente 10 milhões de hectares de áreas reformadas poderão aumentar produção e produtividade com as novas condições de negociação, e acesso a novos créditos.

O Crédito Instalação financiou desde 1985, quando foi criado, R$ 11 bilhões em investimentos como habitação, apoio à instalação, produção e infraestrutura básica. Cerca de 75% desse valor (ou R$ 8,3 bilhões) foram aplicados nas modalidades Aquisição de Materiais de Construção e Recuperação/Materiais de Construção, totalizando 930 mil operações.

Para solucionar essa questão, a MP atualiza o saldo devedor a uma taxa de 0,5% ao ano, concedendo os mesmos descontos e prazos que são garantidos aos beneficiários do Grupo 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida. Com isso, o assentado pagará 4% do saldo devedor, dentro de quatro anos, em parcelas limitadas a R$ 250 anuais.

Em relação às demais modalidades do Crédito Instalação, a Medida Provisória estabelece a remissão das dívidas de até R$ 10 mil por beneficiário. Quem deve acima deste valor, terá rebate de 80% sobre o saldo devedor, mais R$ 2 mil de bônus fixo. As dívidas dessas categorias somam R$ 2,7 bilhões, concedidos em mais de 1 milhão de operações.

Procera e PAA

As dívidas do Programa Especial de Crédito para a Reforma Agrária (Procera) também serão remitidas quando forem de até R$ 10 mil, para as operações com recursos do Orçamento Geral da União. Os valores acima de R$ 10 mil terão rebate de 80% e mais R$ 2 mil de bônus fixo, a serem definidos por meio de decreto. Encerradas as negociações, será extinto o Fundo Contábil do Procera. São 81,8 mil operações, envolvendo recursos de R$ 784 milhões.

Assentados e agricultores familiares que participaram do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) – Compra Antecipada nos anos de 2003 e 2004 também terão as dívidas remitidas até o valor de R$ 2,5 mil originalmente contratado. A medida refere-se a 44,5 mil operações e recursos de R$ 91,4 milhões.

Pronaf

As operações do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) dos grupos A e A/C realizadas entre 1999 e 2010 também serão liquidadas com rebate de até 80% do saldo devedor. O Conselho Monetário Nacional (CMN) definirá metodologia para atualização, prazos e demais condições da negociação. A medida irá beneficiar 203 mil assentados.

Já os valores renegociados terão rebate de até 50% sobre o saldo devedor para os assentados das regiões Norte e Nordeste e de até 45% nas demais regiões. As condições da renegociação também serão definidas pelo CMN. O valor das 233 mil operações feitas chega a R$ 2,4 bilhões.

As dívidas do Pronaf C/D e E contratadas até 2008, nas quais o tomador esteja inadimplente desde 22 de novembro de 2011 também serão renegociadas. Para a liquidação será concedido rebate de até 65% sobre o saldo devedor atualizado de até R$ 10 mil e autoriza as instituições bancárias a concederem bônus adicionais.

A metodologia, prazos e demais condições para a liquidação, serão definidos pelo CMN. A medida beneficia 512 mil agricultores familiares dos quais 145 mil são assentados. Foram 513 mil operações envolvendo recursos de R$ 1,4 bilhão, em valores atualizados.

DECRETOS DESAPROPRIATÓRIOS
UF Imóvel Município  Área (ha)
Visada
 Capac. Fam.
1 AC FAZ. DIAMANTINO BUJARI                  8.337,3566           535
2 BA FAZ PAU D’ARCO BARRA                  2.370,5711             34
3 BA FAZ. CARNAYBAS BOM JESUS DA LAPA                  5.895,7982             60
4 BA FAZ. NOVA ESPERANÇA CANUDOS                  1.374,3607             25
5 BA MONTE CARLO E SÃO JOÃO UNA                     662,6393             21
6 BA FAZ. ELDORADO MORRO DO CHAPÉU                     492,1617             15
7 BA CONJUNTO SÃO JOSÉ UNA                     359,4245             18
8 BA CONJUNTO BRASIL URUÇUCA                     282,5208             24
9 BA FAZENDA GUARARAPES SANTA RITA DE CÁSSIA                  4.258,2940             38
10 BA FAZENDA CEDRO GANDU                     378,0397             27
11 BA FAZENDA VOLTA CORONEL JOÃO SÁ/BA                     556,0803             15
12 BA FAZENDA TRÊS MARIAS CORONEL JOÃO SÁ                     920,4531             30
13 BA CAMPO VERDE E BOA VISTA IAÇU                  1.894,1965             39
14 CE LAGOA DE DENTRO ITAPIPOCA                  1.149,7461             25
15 CE CAJUEIRINHO E PEDRA BRANCA MARCO                  1.074,8387             13
16 ES FAZ. SÃO DOMINGOS MUNIZ FREIRE                     335,1885             15
17 GO FAZ. ALEGRE FLORES DE GOIÁS                  5.000,1859           130
18 GO FAZ. CÓRREGO BONITA PLANALTINA DE GOIÁS                     380,4142             15
19 GO FAZ. CONCEIÇÃO, SÃO SEBASTIÃO, SANTO ANTÔNIO FAINA                  1.066,7700             26
20 GO FAZENDA CEDRO GOIÁS                  1.145,4957             32
21 GO FAZ. PANAMÁ, SALINA PANAMÁ                     487,9628             24
22 GO FAZ. BOA VISTA, SALTO CAPOEIRINHA PORTELÂNDIA                  1.101,1043             29
23 MA FAZ. DIAMANTINA ALTO ALEGRE DO MARANHÃO                  1.359,5304             29
24 MA TAQUARA I e II ALTO ALEGRE DO PINDARE/BURITICUPU/SANTA LUZIA                  4.081,5604             36
25 MA FAZ. GUARIBAS CANTANHEDE                  1.027,8206             23
26 MA FAZ. PIQUIZEIRO CHAPADINHA                  1.432,5351             39
27 MA FAZ. SANTA MARIA III CHAPADINHA                  1.473,6816             45
28 MA FAZ. SÃO BENEDITO ITAPECURU MIRIM                  2.152,5428             53
29 MA FAZ. MINEIRA E MONTE ALEGRE ITINGA DO MARANHÃO                  1.511,2700             20
30 MA FAZ. CANARANA LAGO VERDE                     706,5998             15
31 MA FAZ. JAGUARIBE, PACIÊNCIA E VISTA VERDE PEDRO DO ROSÁRIO                  2.181,6915             22
32 MA FAZ. PALMIRA, DATA COCAL SANTA QUITÉRIA DO MARANHÃO                  2.816,0187             67
33 MA FAZ. BARRENTA, CROA GRANDE, GARIRABAU E NOVA OU FAVEIRA. SÃO BENEDITO DO RIO PRETO                  3.069,1408             91
34 MA OLHO D’ÁGUA DO CHICO DINIZ E OUTROS SÃO BENEDITO DO RIO PRETO                  2.288,7467           121
35 MA FAZ. PACA E OUTRAS TUNTUM                  3.533,9989             68
36 MA FAZ. TERRAS LARANJEIRA TURIAÇU                  2.214,6893             22
37 MA FAZ. BAIXAS DA GALINHA/ DATA TRINDADE VARGEM GRANDE                  1.808,4793             51
38 MG FAZ. PALERMO MONTE ALEGRE DE MINAS                     622,5373             28
39 MT FAZ. NACIONAL ÁGUA BOA                  7.449,5842           240
40 MT FAZ.  PASSA VINTE BARRA DO GARÇAS                  8.988,7722           220
41 MT FAZ. JATOBÁ JUSCIMEIRA                  1.958,8049             62
42 MT FAZENDA JAPURANÃ X – FIGURA V NOVA BANDEIRANTES                  1.991,8890             22
43 MT FAZENDA JAPURANÃ I                  FIGURA VIII-E NOVA BANDEIRANTES                  1.964,1384             21
44 MT FAZENDA JAPURANÃ I – FIGURA VIII-C NOVA BANDEIRANTES                  1.784,2408             19
45 MT FAZENDA JAPURANÃ X – FIGURA II NOVA BANDEIRANTES                  3.372,6560             37
46 MT FAZENDA JAPURANÃ X – FIGURA IV NOVA BANDEIRANTES                  2.082,5721             23
47 MT FAZENDA JAPURANÃ I – FIGURA XII NOVA BANDEIRANTES                  2.102,4101             23
48 MT FAZENDA SÃO BENTO/SOMAPAR JURUENA                   12.214,01             220
49 MT FAZENDA JAPURANÃ I                  FIGURA VIII-D NOVA BANDEIRANTES                     913,4350             21
50 MT FAZENDA JAPURANÃ X – FIGURA VII NOVA BANDEIRANTES                  2.060,2579             22
51 MT FAZENDA JAPURANÃ X – FIGURA I NOVA BANDEIRANTES                  1.266,5991             14
52 MT FAZENDA JAPURANÃ X – FIGURA VI NOVA BANDEIRANTES                  1.986,2343             22
53 MT FAZENDA JAPURANÃ I – FIGURA XIII NOVA BANDEIRANTES                  1.576,2656             23
54 MT FAZENDA JAPURANÃ X – FIGURA VIII NOVA BANDEIRANTES                  1.901,3498             21
55 MT FAZENDA JAPURANÃ I – FIGURA X NOVA BANDEIRANTES                  2.084,7911             23
56 MT FAZENDA JAPURANÃ I – FIGURA IX NOVA BANDEIRANTES                  2.009,2374             22
57 MT FAZENDA JAPURANÃ I – FIGURA XI NOVA BANDEIRANTES                  1.988,4377             22
58 MT FAZENDA JAPURANÃ I – FIGURA VIII-F NOVA BANDEIRANTES                  1.979,7303             21
59 MT FAZENDA JAPURANÃ I – FIGURA VIII-B NOVA BANDEIRANTES                     779,7989               8
60 MT FAZENDA JAPURANÃ X – FIGURA III NOVA BANDEIRANTES                  2.626,6979             29
61 PB FAZ. POÇO BARRA DE SÃO MIGUEL                     668,9292             16
62 PB FAZ. JACARÉ REMÍGIO                     821,9969             21
63 PE FAZ. SANTA ROSA BEZERROS                     524,8650             40
64 PE FAZ. COCOS PARNAMIRIM                     590,0704               9
65 PE FAZ.  JATOBAZINHO PETROLINA                  1.001,4669             10
66 PE FAZ. BARRO ALTO SANTA MARIA DA BOA VISTA                     101,9845               8
67 PE FAZ. MIRANDA, GENIPAPO SANTA MARIA DA BOA VISTA                     121,0112               6
68 PE FAZ. REBECA LAGOA GRANDE                     106,5506             12
69 PE FAZ. RIACHO FUNDO LAGOA GRANDE E SANTA MARIA DA BOA VISTA                     263,0861             11
70 PE FAZ. SÍTIO PATOS SANTA MARIA DA BOA VISTA                  1.006,5037             12
71 PE FAZ. MONTEVIDÉO, MATO GROSSO SERRA TALHADA                  1.095,8340             12
72 PI FAZ. SÃO BOA VENTURA CASTELO DO PIAUÍ/SÃO MIGUEL DO TAPUIO/SÃO JOÃO DA SERRA                12.631,6708           154
73 PI FAZ. SUCURIÚ MILTON BRANDÃO                12.702,1191           112
74 PI PÉ DO MORRO PORTO                     437,7537               8
75 PI NOVA SANTANA E CHUPEIRO CRISTINO CASTRO                  2.062,2826             33
76 PI AROEIRA E CORRENTINHO CURRAIS/BOM JESUS                10.810,8014           157
77 PI PATOS E PATINHOS CURRALINHOS                     814,4624             15
78 PI SANTA ROSA UNIÃO                     565,8425             16
79 PR FAZENDA POMPÉIA CONGONHINHAS                     744,7029             67
80 RN FAZENDA GAIA CEARÁ-MIRIM                     297,7044             25
81 RN FAZ. CATANDUBA MACAÍBA E VERA CRUZ                     388,2991             40
82 SC FAZ. BUTIÁ RIO NEGRINHO                     699,9260             40
83 SE FAZ. SÃO PAULO SANTA BRÍGIDA/CANINDÉ DE SÃO FRANCISCO                     400,2227             10
84 SE FAZ. VÁRZEA DO CARRAPICHO/ TOCA DA ONÇA NEÓPOLIS                     564,7824             32
85 SE FAZ. SÃO LUIZ POÇO REDONDO                     387,0206             12
86 SE FAZ. BAIXA DO CUMBE POÇO VERDE                     204,1574             10
87 SE FAZ. SERROTE DA PORTEIRA SÍTIO DO QUINTO                     393,2500             15
88 SE BAIXA DAS COBRAS E RIACHO DO INCÓ POÇO VERDE/TOBIAS BARRETO                     286,3087             15
89 SE ALTOS VERDES RIACHÃO DO DANTAS                     953,8346             32
90 SE FAZ. BARROCA FUNDA TOBIAS BARRETO                     250,5761             12
91 SP FAZ. VISTA ALEGRE DRACENA                     475,9168             50
92 SP FAZ. CHACARA SANTO ÂNGELO MOGI DAS CRUZES                     532,2719           344
93 SP FAZ. TROPICAL PAULISTÂNEA                     435,6000             37
94 SP FAZENDA MARRUA AGUDOS                     231,1511             19
95 SP FAZENDA MARACY II AGUDOS                     469,1433             36
96 SP FAZENDA CACHOEIRA JACAREÍ                     247,1093             26
97 SP FAZENDA SÍTIO ITAÓCA MONGUAGUÁ                     509,1933             42
98 SP FAZENDA CLARINEA II SANTA CRUZ DO RIO PARDO                     111,6106             12
99 TO FAZ. SANTA TEREZA II SILVANÓPOLIS                     518,2728             15
100 TO FAZENDA BARRA DO JARDIM BANDEIRANTES DO TOCANTINS                  1.817,0232             40
 TOTAL      194.131,6709    4.638

Incra/MA divulga resultado da Chamada Pública de Ater

A superintendência regional do Incra no Maranhão concluiu a análise final das propostas apresentadas pelas entidades que participaram da Chamada Pública de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), lançada no dia 25 de outubro de 2013. O resultado foi publicado no Diário Oficial da União, do dia 13 de dezembro de 2013, na Seção 03, e no sítio da Autarquia (http://www.incra.gov.br/index.php/ater-sr-12/file/1779-resultado-da-chamada-publica-n-01-2013).

O Incra/MA disponibilizou 16 lotes para contratação do serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Das 15 entidades que se candidataram, apresentando propostas para os 16 lotes, somente uma foi inabilitada. As demais passaram para a segunda fase, a de Classificação.

Resultado

Após a abertura das propostas, análise dos dados e apreciação dos recursos interpostos por algumas entidades, a comissão responsável pela apuração das propostas divulgou que 12 lotes serão contratados por meio de seis entidades. A comissão informou ainda, que para quatro lotes não houve vencedores porque as entidades que concorreram não atingiram a pontuação mínima exigida para serem contratadas.

No total, as seis entidades ganhadoras arremataram 12 lotes distribuídos em 34 municípios maranhenses, beneficiando 17.510 famílias em 166 assentamentos. O Incra/MA investirá cerca de R$ 37.643.631,51 milhões em serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) no período de um ano.

De acordo com o superintendente do Incra/MA, José Inácio Rodrigues, as seis entidades ganhadoras devem assinar os contratos com a autarquia na segunda quinzena de janeiro de 2014 e em seguida iniciar a execução dos serviços. “Esse prazo da divulgação do resultado até a assinatura do contrato é preciso para que as entidades organizem a documentação necessária, que é diferente da exigida na fase de habilitação da Chamada Pública”, explicou.

Nova Chamada

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Ater do Incra/MA, Laurilene Muniz, como nos lotes 01, 04, 05 e 06 não houve vencedores, é possível que a autarquia abra uma nova Chamada Pública para eles.

Confira as informações dos 12 lotes contratados:

 

Nº Lote Nº de famílias

atendidas

Nº de Projetos

de Assentamento

Nº de municípios Entidade Vencedora Território

02

1.348

16

07

COOPERA

Cerrado Amazônico

03

1.218

11

01

Planeja

Fora do Território

07

2.379

21

04

COOSPAT

Vale do Itapecuru

08

998

12

02

COOPERA

Vale do Itapecuru

09

1.437

15

04

Planeja

Vale do Itapecuru

10

1.637

25

02

COOSERT

Cocais

11

1.332

14

02

COOSERT

Cocais

12

2.598

17

05

Agrofort

Cocais

13

1.827

13

02

COOSERT

Cocais

14

838

03

01

Planeja

Lençóis/Munin

15

1.294

10

03

COOSERT

Campos e Lagos

Baixada Ocidental

16

604

09

02

EMA

Alto Turi/Gurupi

Assentados maranhenses assinam contratos para construção de habitações pelo Minha Casa Minha Vida

Trabalhadores rurais assentados nos municípios de Bom Jesus das Selvas e Buriticupu assinaram esta semana os contratos para construção de habitações por meio do Programa Minha Casa Minha Vida Rural (MCMVR). Ao todo foram assinados 222 contratos com o Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF). A solenidade de assinatura dos contratos com Banco do Brasil foi realizada no dia 10 de dezembro, na sede do assentamento (PA) Faísa, em Buriticupu. Na ocasião foram assinados 82 contratos, com valor individual de R$ 28,5 mil e valor total de R$ 2,337 milhões.
Participaram da solenidade o superintendente regional do BB de Imperatriz, Glauco Miranda; o gerente do BB de Buriticupu, Benedito Araújo; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Buriticupu, José Luís dos Santos, a chefe da Divisão de desenvolvimento de assentamento do Incra-MA, Verônica Viana, entre outros.
De acordo com chefe da Divisão de desenvolvimento de assentamento do Incra-MA, Verônica Viana, que participou da solenidade representando o superintendente do Incra-MA, José Inácio, “estes foram os primeiros contratos assinados no Maranhão com o Banco do Brasil para construção de habitações por meio do MCMVR”. Verônica também informou que de acordo com o contrato, a entidade que executará a obra tem prazo de até 12 meses para conclusão das casas.
Caixa Econômica
No ato de assinatura realizado com a Caixa Econômica Federal, no dia 7 de dezembro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Buriticupu, foram assinados 140 contratos com as famílias dos projetos de assentamento Verona e Buriticupu, totalizando um investimento de R$ 3,99 milhões.
O PA Verona pertencente à jurisdição do Incra-MA, no município de Bom Jesus das Selvas, teve 46 contratos assinados com a CEF. Já o projeto de assentamento Buriticupu pertencente ao Estado teve 94 contratos assinados durante a solenidade.
Também foram firmados os Termos de Cooperação e Parceria com cada entidade responsável pela construção das casas. No PA Verona a entidade organizadora é a Associação Comunitária de Pequenos Agricultores da Verona.Já no PE Buriticupu foram duas entidades organizadoras: Grupo P1V2 do Povoado Sagrima e a Associação de Agricultores e Moradores da Sagrima.
Dignidade
Na oportunidade, o superintendente regional do Incra-MA, José Inácio Rodrigues destacou que o MCMVR é um grande programa do governo federal que está levando dignidade aos trabalhadores rurais, na medida em que possibilita o acesso a moradia. Ele ainda ressaltou o convênio que o Incra-MA firmou com a Prefeitura de Buriticupu para construção de estrada no PA Cikel e informou que as obras já foram iniciadas.
Participaram da solenidade o prefeito do município de Buriticupu, José Gomes; o superintendente regional do Incra-MA, José Inácio Rodrigues; o gerente da CEF de Buriticupu, Yanes Araújo; o coordenador do Terra Legal no Maranhão, Jowberth Alves; o presidente do STTR de Buriticupu, José Luís dos Santos e presidentes de várias associações.

Em dez anos, Arca das Letras implantou mais de dez mil bibliotecas rurais

Em 2003, chegavam às comunidades de Leitão da Carapuça, município de Afogados da Ingazeira (PE), e Retiro, em São José do Egito (PE), as primeiras bibliotecas rurais do Programa Arca das Letras. Nesta quarta e quinta-feira (dias 11 e 12), esses

municípios recebem, às 17h, evento em MDA ARCAcomemoração aos dez anos de trajetória e mais de dez mil arcas implantadas.

Para a coordenadora nacional do Arca das Letras, Dione Ferreira, implantar mais de 10 mil arcas em dez anos é algo simbólico. “Saber que durante esses anos foram implantadas bibliotecas em dez mil comunidades rurais é simbólico como o próprio nome”, afirma.

Quando uma das primeiras bibliotecas implantadas pelo programa chegou à Comunidade Leitão da Carapuça, tudo era novidade para os mais de 80 moradores de lá. Segundo a agente de leitura do local, Liliane da Silva Moura, 22 anos, grande parte da comunidade passou a frequentar a arca. “Tem muitos livros bons e gibis. O pessoal gosta muito da arca porque distrai, serve como lazer e ainda educa”, conta.

Em Leitão da Carapuça a arca cumpre um dos principais objetivos do programa, que é o de aproximar os moradores do campo dos livros e facilitar seu acesso a eles. “Eram poucas pessoas que tinham acesso aos livros e que sabiam ler. Eu achava que com a arca poderia ajudar muito essas pessoas e é isso que vem ocorrendo”, explica Liliane.

Desde que a arca chegou Liliane se encanta com ela. Foi com a primeira arca, aliás, que, há seis anos, a agente de leitura aprendeu o ofício que pratica voluntariamente. Mãe de uma filha de dois anos, ela conta que já coloca a menina perto dos livros para que ela cresça gostando da leitura. “Hoje em dia, se você não souber ler os caminhos são quase todos fechados. Então é importante esse contato com os livros desde cedo”, destaca.

Estratégia

O programa foi criado como uma estratégia para ampliar o acesso da população do meio rural aos livros e incentivar a leitura. Ao todo, o programa atende cerca de 1,5 milhão de famílias em aproximadamente 1,6 mil municípios. São mais de 10 mil bibliotecas e dois milhões de livros administrados por mais de 17 mil agentes de leitura voluntários e formados para incentivar a leitura no meio rural.
As arcas são espaços privilegiados e plenamente abertos à comunidade. Conforme Dione, normalmente as crianças são as mais entusiasmadas com a chegada da arca. “Ficamos muito felizes, porque sabemos que quanto mais cedo se começar a ler, maiores são as chances de se tornar um leitor assíduo. E é muito importante esse hábito da leitura começar desde pequeno. A leitura deve ser estimulada em ambiente familiar”, afirma.

Comunidades interessadas em receber bibliotecas do programa Arca das Letras devem entrar em contato pelo telefone (61) 2020-0203.

Morre Nelson Mandela, ícone da luta pela igualdade racial

Presidente da África do Sul entre 1994 e 1999, ele tinha 95 anos.
Ele liderou transição que encerrou a política do apartheid em seu país.

O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela morreu aos 95 anos em Pretória, nesta quinta-feira (5), anunciou o atual presidente do país, Jacob Zuma.

Mandela ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava em casa. Morreu às 20h50, no horário local de Pretória – 16h50 do horário brasileiro de verão.

TEMPO REAL: Acompanhe a repercussão da morte de Mandela

“Ele partiu, se foi pacificamente na companhia de sua família”, afirmou o presidente Zuma. “Ele descansou, agora está em paz. Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu seu pai.” O funeral de Mandela deve durar 12 dias.

O corpo será enterrado, de acordo com seus desejos, na aldeia de Qunu, localizada na província pobre do Cabo Leste, onde Mandela cresceu. Os restos mortais de três de seus filhos foram sepultados no mesmo lugar, em julho, após ordem judicial.

Conhecido como “Madiba” na África do Sul, Mandela foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 e 1993.