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O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, confirmou que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo fecharam um acordo na capital cubana, para iniciarem negociações de paz, de acordo com a emissora latina Telesur.
Para Santos, “o dialogo deve conduzir ao fim do conflito armado” e é imprescindível aprender com os erros do passado. Em discurso televisionado, o presidente manifestou interesse em participar das negociações. Santos é um ex-ministro da Defesa de Álvaro Uribe, que comandou a repressão à guerrilha.
Exército de Libertação Nacional também quer participar de diálogo
Após a divulgação da suposta abertura de negociações do governo colombiano com as Farc, o comandante máximo da guerrilha colombiana Exército de Libertação Nacional (ELN), que passou anos negando entrevistas com a imprensa, disse que também almeja participar do diálogo. O guerrilheiro Nicolás Rodríguez, conhecido como “Gabino”, afirmou que gostaria de conversar com líderes do governo, sem impor condições, para dar fim ao conflito armado na Colômbia.
Nós estamos abertos. Essa é a nossa posição para encontrar um diálogo incondicional com o governo e começar a discutir os problemas do país – disse.
O guerrilheiro, de 62 anos, lidera o ELN há quase de cinco décadas. Ele ressaltou que os sequestros, extorsões e ataques promovidos pelo grupo continuarão até que um acordo com o governo seja alcançado. Segundo ele, os rebeldes, de orientação comunista, buscam mudar o sistema de exploração das riquezas no país. Se um acordo não for alcançado, os confrontos continuarão.
– Há diálogo se forem fechados acordos e novas direções para a exploração da riqueza no país. No entanto, não há negociações se o outro lado insistir na imposição dos interesses capitalistas, e a luta continuaria inevitavelmente – salientou.
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