As razões e a necessidade de manter a coalizão de governo…

Em seu último pronunciamento público em Brasília, antes de seguir no fim de semana para Roma, onde se encontra para a cerimônia amanhã de entronização do papa Francisco, a presidenta Dilma aproveitou a cerimônia em que empossou três novos ministros para defender a coalizão de governo. Ela destacou a necessidade de valorizar os “parceiros de luta” e negou ter feito – ou estar fazendo – a reforma ministerial como mero loteamento de cargos para atender interesses eleitorais.

Rebateu, assim, acusações feitas nessa linha, principalmente por integrantes do tucanato. “Numa coalizão, você tem que valorizar as pessoas que estão contigo. (Valorizar) esses parceiros da luta. A capacidade de estruturar coalizões é crucial para o país. Principalmente um país com essa diversidade (como o nosso)”, explicou a presidenta.

“Temos que fortalecer nessa diversidade as forças que sustentam um governo de coalizão. Muitas vezes as pessoas acreditam que coalizão é algo incorreto do ponto de vista político. Eu queria fazer uma reflexão com os senhores: estamos assistindo, em alguns lugares, a processos de deterioração da governabilidade justamente pela incapacidade de construir coalizões.”

A necessidade de manter a coalizão de governo

Como exemplos dessa situações difíceis, a presidenta Dilma citou a Itália, há três semanas com dificuldades de formar um novo gabinete depois da última eleição, e os Estados Unidos, onde o presidente Barack Obama (Partido Democrata) não consegue  viabilizar propostas de seu governo diante de intransigente oposição do Partido Republicano.

A fala e os exemplos mencionados pela presidenta não podiam sem mais aproprioados. Como disse aqui no sábado, nós do PT e do governo temos humildade  para ouvir e aceitar as críticas procedentes. Mas, ao mesmo  tempo, temos o dever de  responder às indevidas, aquelas das quais  discordamos. Como, por exemplo, as feitas à composição da coalizão e da  aliança que governa o país, construída por todos nós, inclusive por alguns da base aliada que hoje divergem ou lhe fazem reparos.

A  coalizão e a aliança fazem o país avançar e graças a ela chegamos até  aqui. Vamos substituí-la? Sem reforma politica? Por qual aliança?  Ou  vamos cair na retórica de que todos são iguais e fazer alianças com  quem? Com os que se opuseram às mudanças? Para quê? Para fazer a  politica que defendem? Sem sentido, porque a coalizão e a aliança, insisto, é que garantirão a continuidade das mudanças e dos avanços.

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