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Juscelino Kubitschek foi assassinado, conclui a Comissão da Verdade de SP

O órgão municipal apresentará documento com indícios de que ex-presidente foi alvo de uma conspiração, e não morto em acidente de carro

A Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, da cidade de São Paulo, vai divulgar na terça-feira 10 um documento com evidências de que o ex-presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi assassinado durante viagem de carro na rodovia Presidente Dutra, e não morto em um acidente, como registra a história oficial.

O relatório reúne 90 indícios, “evidências, provas, testemunhos, circunstâncias, contradições, controvérsias e questionamentos” que concluem que o ex-presidente foi alvo de um complô em 22 de agosto de 1976. Segundo a versão oficial, JK, que tentava articular a volta da democracia ao País, morreu em um acidente com um Opala na estrada.

“Não temos dúvida de que Juscelino Kubitschek foi vítiJoma de conspiração, complô e atentado político”, afirma o vereador Gilberto Natalini, presidente da Comissão Municipal da Verdade.

As circunstâncias da morte do presidente são investigadas pelo órgão municipal, que busca ajudar a Comissão Nacional da Verdade para esclarecer o caso. Em agosto, Serafim Melo Jardim, secretário particular do ex-presidente nos seus últimos nove anos de vida, afirmou à comissão ter certeza de que JK vinha sendo vigiado. “Eu acompanhei o presidente desde que voltou do exílio. Sempre que viajávamos ele dizia: ‘Estão querendo me matar’.”

Outro ponto levantado pela comissão na época foi a falta de radiografia no corpo do motorista Geraldo Ribeiro, apesar do fragmento metálico de sete milímetros em seu crânio, que seria um grave indício de arma de fogo. As fotos dos corpos teriam sido retiradas do processo a mando de Francisco Gil Castello Branco, ex-diretor do Departamento Técnico-Científico da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro à época.

O esforço de JK para o retorno democrático no Brasil nos anos 1970 era motivo de preocupação para os agentes da Operação Condor, aliança político-militar entre as ditaduras do Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai.

Em uma carta enviada no dia 28 de agosto de 1975 para João Baptista Figueiredo, o chefe do serviço de inteligência de Augusto Pinochet, coronel Manuel Contreras Sepulveda, se diz preocupado com a possível vitória de Jimmy Carter nos EUA e o apoio a políticos de oposição à ditadura na região, como o chileno Orlando Letelier e o próprio JK.

Segundo ele, os líderes “poderiam influenciar seriamente a estabilidade do Cone Sul”. No ano seguinte ao envio da correspondência, JK morria em agosto, e Letelier, em setembro.

Morre Nelson Mandela, ícone da luta pela igualdade racial

Presidente da África do Sul entre 1994 e 1999, ele tinha 95 anos.
Ele liderou transição que encerrou a política do apartheid em seu país.

O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela morreu aos 95 anos em Pretória, nesta quinta-feira (5), anunciou o atual presidente do país, Jacob Zuma.

Mandela ficou internado de junho a setembro devido a uma infecção pulmonar. Ele deixou o hospital e estava em casa. Morreu às 20h50, no horário local de Pretória – 16h50 do horário brasileiro de verão.

TEMPO REAL: Acompanhe a repercussão da morte de Mandela

“Ele partiu, se foi pacificamente na companhia de sua família”, afirmou o presidente Zuma. “Ele descansou, agora está em paz. Nossa nação perdeu seu maior filho. Nosso povo perdeu seu pai.” O funeral de Mandela deve durar 12 dias.

O corpo será enterrado, de acordo com seus desejos, na aldeia de Qunu, localizada na província pobre do Cabo Leste, onde Mandela cresceu. Os restos mortais de três de seus filhos foram sepultados no mesmo lugar, em julho, após ordem judicial.

Conhecido como “Madiba” na África do Sul, Mandela foi considerado um dos maiores heróis da luta dos negros pela igualdade de direitos no país e foi um dos principais responsáveis pelo fim do regime racista do apartheid, vigente entre 1948 e 1993.

Incra publica edital para compra de imóveis rurais no Maranhão

A Superintendência Regional do Incra no Maranhão publicou aviso de edital para compra direta de imóveis rurais localizados nas microrregiões maranhenses do Pindaré e Gurupi. As áreas serão destinadas à implantação de assentamentos visando receber famílias com perfil para a reforma agrária oriundas da desintrusão da Terra Indígena (TI) Awá-Guajá.

O aviso foi publicado na Seção 3 do Diário Oficial da União no dia 28 de novembro de 2013. Na mesma data, foram abertas as inscrições para a seleção dos imóveis.

A íntegra do edital ficará disponível até o próximo dia 27 de dezembro no portal do Incra. Também é possível retirar o documento na sede regional da autarquia, em São Luís (MA), localizada na Avenida Santos Dumont, 18, Bairro Anil.

Desintrusão

Composto por uma população considerada de recente contato de mais de 400 pessoas, além de grupos que vivem isolados, o povo Awá-Guajá têm na caça a base de sua vida social. A atividade determina o padrão de ocupação territorial, de grande dispersão.

Em 2012, tiveram assegurado o direito à posse da TI Awá, no Maranhão, ocupada pela etnia juntamente com as terras indígenas Caru e Alto Turiaçu, também no estado. A decisão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, julgou improcedentes as ações movidas por posseiros que desejavam permanecer no local, ratificando portaria do Ministério da Justiça que, 20 anos antes, declarou a área como de uso permanente daquele povo.

Na decisão, também foi estabelecido que a União, por intermédio da Funai, deveria promover a retirada dos ocupantes não indígenas (desintrusão) da TI Awá. O processo, em curso, conta com atuação do Incra no sentido de garantir novas áreas para o assentamento de famílias que viviam na terra indígena mas têm perfil para se tornarem beneficiárias da reforma agrária.

Dilma aumenta vantagem sobre potenciais adversários em 2014

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, ambos do PT, são os nomes preferidos pelos brasileiros para a disputa da Presidência da República em 2014.

Eles lideram em todos os cenários consultados pelo Datafolha, com Lula obtendo maior vantagem do que a atual presidente em relação aos adversários.

Nas simulações em que é possível a comparação com pesquisa realizada no início de outubro, também se verifica o aumento da vantagem de Dilma para seus possíveis oponentes na disputa.

No cenário em que se enfrentam Dilma, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), a petista tem 47% das intenções de voto, o senador mineiro tem 19%, e o governador de Pernambuco, 11%. Votariam em branco ou nulo, neste caso, 16%, e 7% não souberam responder.

Na comparação com pesquisa do início de outubro, Dilma subiu (tinha 42%), Aécio oscilou para baixo (tinha 21%), e Campos caiu (tinha 15%). A petista tem seus índices acima da média de intenção de voto entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental (54%), entre os mais pobres (53%), nas regiões Nordeste (61%), no Norte/Centro-Oeste (53%) e nos municípios com até 50 mil habitantes (55%).

Já Aécio ganha força entre os que possuem ensino superior (24%), entre os mais velhos (24%), no Sudeste (25%) e entre os mais ricos (24% entre os que têm renda mensal de 5 a 10 salários mínimos, e 31% entre os que ganham acima de 10 mínimos, neste caso em situação de empate com Dilma, que tem 32% no segmento). Campos também tem preferência acima da média entre os mais ricos (16%) e no Nordeste (15%).

Quando Marina substitui Campos como nome do PSB, a atual presidente tem a preferência de 42%, e em seguida aparecem Marina (26%) e Aécio (15%). A fatia de votos em branco ou nulo neste cenário recua para 11%, e 5% não souberam responder. Em relação a outubro, Dilma teve alta (tinha 39%), a ex-senadora do PSB caiu (tinha 29%) e Aécio oscilou para baixo (tinha 17%).

Contra José Serra como candidato do PSDB e Campos encabeçando a chapa pelo PSB, Dilma tem 45%, o ex-governador de São Paulo fica com 22%, e o governador de Pernambuco soma 11%. Indicações de voto em branco ou nulo neste cenário alcançam 15%, e 7% não opinaram. Dilma também avança neste quadro (tinha 40% no início de outubro), enquanto Serra e Campos recuam (tinham 25% e 15%, respectivamente).

Tendo Serra e Marina na disputa, a atual presidente fica com 41% das intenções de voto, ante 24% de Marina e 19% de Serra. Votariam em branco o nulo 10%, e 5% não souberam opinar. No início de outubro, considerando os mesmos nomes na disputa, Dilma aparecia com 37%, Marina tinha 28%, e Serra, 20%.

O Datafolha também simulou um cenário com o atual presidente do STF, Joaquim Barbosa, tendo como oponentes Dilma, Aécio e Campos. Novamente a atual presidente lidera (44%), e é seguida por Barbosa (15%), Aécio (14%), e Campos (9%). As intenções de voto em branco ou nulo somam 13%, e 6% não souberam responder.

Nos cenários em que Lula substitui Dilma como nome do PT na disputa presidencial, o ex-presidente lidera com vantagem ainda maior que a obtida pela atual presidente, mantendo-se sempre acima dos 50% de preferência. Contra Aécio e Campos, o petista tem 56% das intenções de voto, ante 16% de Aécio, 8% de Campos. Votariam em branco ou nulo 14%, e 6% não souberam opinar.

Com Serra como candidato do PSDB e Campos mantido como nome do PSB, Lula repete os 56% de preferência, e em seguida aparecem o tucano (16%) e Campos (9%). Brancos e nulos somam 13%, e 6% não souberam opinar.

Ao enfrentar Marina e Aécio, Lula tem 52% das indicações de voto, Marina fica com 20%, e Aécio obtém 13%. Votariam em branco ou nulo se estes fossem os candidatos 9%, e 5% não responderam.

Quando Serra substitui Aécio e Marina é mantida como candidata do PSB, o quadro é similar ao anterior: Lula fica com 52%, ante 20% de Marina e 14% de Serra. Brancos e nulos somam 9%, e 6% não opinaram.

Maioria dos brasileiros querem mudanças para o próximo ciclo presidencial

Apesar do favoritismo dos pré-candidatos do PT neste momento, dois em cada três brasileiros (66%) preferem que as ações do próximo presidente sejam, de modo geral, diferentes das ações tomadas por Dilma Rousseff.

Outros 28% querem que as ações sejam iguais, e 6% não souberam opinar sobre o assunto.

Há um desejo de mudança acima da média entre os mais jovens (73% querem ações diferentes das atuais); entre os mais ricos (76% entre aqueles com renda mensal de 5 a 10 mínimos, e 80% entre os que ganham quantia acima desse valor); entre os mais escolarizados (76%); no Sudeste (72%); e nos municípios mais populosos (69% nos municípios com população entre 200 e 500 mil pessoas, e 73% entre aqueles com mais de 500 mil pessoas).

Entre os que avaliam o governo Dilma como regular, fatia que é similar à dos que aprovam a atual gestão, 80% querem ações diferentes do próximo presidente.

O desejo de continuidade conquista a maioria (53%) somente o governo Dilma ótimo ou bom, e fica acima da média entre na região Nordeste (36%), Norte/Centro-Oeste (37%) e entre os brasileiros adultos com ensino fundamental (35%).

Incra cria Unidade Avançada em Zé Doca-MA

Foi publicada nesta segunda-feira (25), no Diário Oficial da União, a Portaria nº667 que cria a Unidade Avançada do Incra no Município de Zé Doca-MA. A Portaria, assinada pelo presidente do Incra, Carlos Guedes, vincula a Unidade à Superintendência Regional da Autarquia no estado.

A criação da Unidade do Incra é resultado de estudos, levantamentos e relatório final apresentados por um Grupo de Trabalho instituído pelo Incra e aprovados para a instalação da Unidade.

O município de Zé Doca, distante cerca de 302km da capital maranhense, fica localizado no Território da Cidadania Alto Turi/Gurupi, composto por 18 municípios e com uma população de 288.985 habitantes, dos quais 113.135 vivem na zona rural. O Território possui 11.210 agricultores familiares, 141 projetos de assentamentos com cerca de 14.632 famílias assentadas e 02 terras indígenas.

Importância

De acordo com o superintendente do Incra-MA, José Inácio Rodrigues, a criação da Unidade em Zé Doca veio em razão da região do Alto Turi/Gurupi ter atualmente a maior concentração de assentamentos do Maranhão e grande número de terras públicas da União para serem regularizadas.

José Inácio explicou que em décadas anteriores as regiões do Médio Mearim e do Alto do Pindaré apresentavam elevado índice de conflitos pela posse da terra e maior demanda, que necessitavam de uma maior presença do Incra. “Atualmente, a geopolítica da reforma agrária mudou no estado, deslocando grande parte da demanda para a Região do Alto Turi/Gurupi. Daí a importância da autarquia estar mais próxima dos trabalhadores rurais com a criação da Unidade em Zé Doca. Também estamos reforçando as Unidades do órgão em Imperatriz e Barra do Corda”, informou o superintendente.

Estrutura

A Unidade do Incra em Zé Doca-MA, além de possuir estrutura para as ações de reforma agrária na Região, terá espaços para funcionamento de um Escritório do Programa Terra Legal e para instalação do Colegiado Territorial do Alto Turi/Gurupi, que é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Além dos novos equipamentos, a Unidade receberá ainda vários materiais (notebooks, computadores, viaturas, GPS, mesas, cadeiras, armários, etc) e servidores das Unidades de Bacabal e Pindaré já extintas. O prédio para instalação da Unidade foi cedido por meio de parceria com a Prefeitura. A Unidade terá sede no município de Zé Doca e ficará localizada na Rua do Sol, Centro, com previsão de funcionamento ainda este ano.